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domingo, 15 de novembro de 2015

Alergia às proteínas do leite de vaca



A alergia às proteínas do leite de vaca atinge cerca de um em cada 20 lactentes. Pode manifestar-se através de lesões na pele com comichão e inchaço, diarreia ou vómitos e, raramente, por sintomas respiratórios como pieira, tosse e espirros. 

O risco desta alergia aumenta quando familiares de primeiro grau (pais ou irmãos) são alérgicos. A maioria dos casos ocorre no primeiro ano de vida. Porém, somente cerca de 15% das crianças alérgicas ao leite de vaca mantém a alergia quando adultos.

A alergia à proteína do leite de vaca não deve ser confundida com a intolerância ao açúcar presente no leite (lactose), porque são quadros distintos. As manifestações da alergia ocorrem logo após a ingestão do leite de vaca (mesmo em pequena quantidade) e os sintomas na pele são os mais frequentes, podendo estar associados a sintomas gastrointestinais ou respiratórios. Outra forma de alergia às proteínas do leite de vaca é chamada alergia não mediada por anticorpos (IgE). Esta apresenta-se com sintomas mais tardios, ou seja, depois de algumas horas após a ingestão do leite de vaca, surge um quadro de diarreia, vómitos ou sangue nas fezes. No caso da intolerância à lactose, esta ocorre por diminuição da enzima lactase, que actua sobre o açucar do leite (lactose) e ocorre sobretudo após um quadro de diarreia e é , muitas vezes, transitória. Melhorando o quadro gastrointestinal, a quantidade da enzima volta ao normal e a criança volta a tolerar o leite.

Para se confirmar a alergia à proteína do leite, é fundamental o relato da história alimentar da criança e o aparecimento dos sintomas de forma minuciosa. Os exames complementares auxiliam no diagnóstico.

O tratamento mais adequado à alergia às proteínas do leite de vaca é a evicção do leite e seus derivados da dieta alimentar da criança. As crianças mais pequenas precisam de um alimento adequado que substitua o leite de vaca e ofereça quantidades adequadas de nutrientes nesta fase do desenvolvimento. As proteínas dos leites de vaca e de cabra têm muitas semelhanças entre si. Portanto a maioria dos pacientes alérgicos ao leite de vaca também o são ao leite de cabra ou de outros mamíferos. Porém, somente 10% das crianças alérgicas ao leite de vaca tem alergia à carne bovina.

A criança alimentada com leite materno exclusivo até os quatro meses de vida tem menor risco de alergia ao leite de vaca nos dois primeiros anos de vida.

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