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sexta-feira, 12 de junho de 2015

O papel do pai na amamentação



A mãe e o bebé não devem ser considerados como os únicos intervenientes no processo da amamentação. A existência de um ambiente favorável, de relações familiares, as influências da sociedade e a existência do apoio do pai são condicionantes importantes para o sucesso e para a longa duração da amamentação.

De facto, o aleitamento materno deverá ser entendido como um assunto do casal e não só da mãe e do bebé. Na realidade, muitas vezes os pais são afastados deste processo tão importante e fulcral para o desenvolvimento do bebé. Vários estudos concluíram que o reconhecimento do papel do pai como activo no aleitamento materno é determinante não só para o êxito do aleitamento materno como também para a satisfação do casal. 
Assim, o pai tem um papel importantíssimo no aleitamento materno, uma vez que transmite segurança à mãe e incentiva-a a amamentar. O pai é o elemento mais próximo da mãe, pelo que, está numa posição privilegiada para o acompanhamento necessário durante a amamentação.
O pai pode encorajar e incentivar a sua mulher a dar de mamar, participando de várias formas, como por exemplo, estar perto da mãe, cuidar dos outros filhos caso existam, providenciar o conforto da mãe com almofadas, trazer-lhe líquidos. Poderá promover o apoio na correcção do posicionamento do bebé e da mãe durante a mamada, na observação dos sinais de pega correta e proceder a correcções necessárias. Simples gestos que se tornam de uma importância fundamental para o sucesso da amamentação. Por vezes, pode ser fundamental a sua presença para apoiar a mulher quando esta se sente insegura ou receosa, valorizando tranquilamente o seu desempenho. 
Importa referir que, por vezes, o pai poderá sentir insegurança ou ciúmes do bebé, por pensar que está a ser posto em segundo plano pela mãe. Existem vários sentimentos menos positivos, mas normais, que o seu companheiro poderá vivenciar, nomeadamente:
  • Uma sensação de medo da criança se relacionar mais com a mãe do que com ele.
  • Um sentimento de impotência que implica que ele jamais poderá participar num momento como o que a mãe vive quando amamenta.
  • Um pequeno sentimento de que o bebé desvie a sua atenção sendo ele colocado de parte.
  • Uma sensação que não é um pai tão bom quanto uma mãe pode ser, pois a mãe tem algo que ele nunca poderá ter: a capacidade de amamentar.
Contudo, a proximidade e o diálogo permitem que estes pequenos contratempos não tomem contornos menos desejáveis. Por isso, tente compreender estes sentimentos previsíveis da parte do seu parceiro. Para os combater tente sempre incluí-lo na experiência e nunca excluí-lo. No momento em que se encontra a amamentar peça a ajuda do seu companheiro para estar ao seu lado e incentive-o a fazer mimos ao bebé; ele poderá colocar o bebé a arrotar depois de este ter mamado, ou o que achar que ele poderá fazer para participar nesta experiência. Nunca provoque situações que faça o seu companheiro sentir-se excluído destes momentos, ainda que ele não possa amamentar fisicamente poderá sempre manter um contacto físico com o bebé: como fazer massagens, pegar nele ao colo, senti-lo, criando assim os laços afectivos necessários para a harmonia da nova família.
A participação confiante e segura do pai promove o aleitamento materno contribuindo para que a mulher possa dar de mamar por mais tempo. Por outro lado, proporcionar uma maior intimidade entre o casal, fortalecendo a relação amorosa e o desenvolvimento harmonioso da tríade (pai-mãe-bebé).

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